Desde a madrugada desta sexta-feira (30/6), milhares de manifestantes já estavam espalhados por diversos pontos da cidade de Porto Alegre. Os maiores movimentos foram registrados em frente a garagens de ônibus a fim de evitar que o transporte público circulasse pela capital gaúcha. A CTB se concentrou na Carris se somando a outras centenas de representantes de movimentos sociais, sindicais e estudantis. Apesar das manifestações serem pacíficas, a Brigada Militar atuou com violência contra as pessoas que participavam dos atos, utilizando gás lacrimogêneo, balas de borracha e bombas de efeito moral.
Dois dirigentes da CTB e dois da CSP-Conlutas foram presos, agredidos e levados à delegacia. No final da manhã, três foram soltos, permanecendo apenas um representante da CSP sob custódia da polícia. O companheiro professor Altemir foi conduzido ao Presídio Central sob a acusação de portar rojão. Contra essa atitude da BM, as centrais emitiram uma nota, que segue abaixo.
Foto: Aline Vargas/CTB-RS
Após serem expulsos da Carris, dirigentes da CTB realizaram ato em frente a rodoviário de Porto Alegre, seguindo para concentração e ato no Largo Glênio Peres. Ainda contra a atuação da Brigada e a prisão do dirigente Altemir, os manifestantes seguiram em caminhada até o Palácio Piratini pedir que o professor fosse solto. Mais de 2 mil pessoas se reuniram na praça da Matriz para criticar a ação da polícia militar e protestar contra as reformas trabalhista e da previdência.
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Foto: Aline Vargas/CTB-RS
Sated (Sindicato dos Artísticas) se somando à manifestação no largo Glênio Peres (Foto: Aline Vargas/CTB-RS)
Bagé também realizou ato
Grande mobilização em Bagé contra as reformas trabalhistas e da previdência social. Uniu sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais, centrais sindicais, representantes do movimento social, políticos, representantes de federações, de universidades. A mobilização foi encerrada na frente prefeitura onde cobraram uma posição do prefeito referente às reformas. A CTB foi representada pelo diretor Milton Brasil.
Texto: Aline Vargas/CTB-RS
Nota das Centrais Sindicais contra ação violenta da Brigada Militar a dirigentes sindicais
As centrais sindicais gaúchas repudiam a ação truculenta e desproporcional da Brigada Militar aos manifestantes que estavam em frente às garagens de ônibus, no Dia Nacional de lutas Contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, realizado nesta sexta-feira (30/6). Dessas atitudes truculentas, na Carris, resultaram quatro prisões a dirigentes sindicais – dois da CTB e dois da CSP-Conlutas. Os presos também foram algemados e agredidos pelos policiais.
As entidades que representam os trabalhadores desaprovam toda a ação dos policiais militares durante as manifestações de hoje. Os PMs atacaram os manifestantes que atuavam de maneira pacífica nos locais com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, de forma intolerante e desproporcional.
Não serão estas atitudes covardes e arbitrárias que nos intimidarão de lutar de forma cada vez mais intensa e segura na defesa da democracia, do livre direito de manifestação e de greve, contra as Reformas da Previdência e Trabalhista.
Porto Alegre, 30 de junho de 2017.
Assinam: CTB, UGT, NCST, CSP- CONLUTAS, CGTB, CSB, CUT, FS, Intersindical