Histórico do Sindicato

 

A fundação do sindicato teve “o ponta pé inicial” no dia 23.06.1946 (sem local especificado), onde reuniram-se 23 trabalhadores da Companhia de Cigarros Souza Cruz com a intenção de criar a “Associação Profissional dos Trabalhadores na Indústria do Fumo e Classes Anexas.” Mas no decorrer do processo histórico se optaram pela adesão de sindicato e somente em 29/05/1953 o Ministério do Trabalho reconheceu a associação com denominação de Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Santo Ângelo, no qual, foi estabelecido à Primeira Diretoria constituída por: Antônio Elizeu da Luz como Presidente, Amélio Dias Moreira Secretário e Raul Rodrigues da Silva como Tesoureiro. Desde então tivemos várias diretorias compostas pelos seguintes Presidentes - Luís Júlio Bandeira (1954-1962); Theo Guthler (1964-1966); Aguinelo Gubert (1966- 1970) Aparício Eloi Ribas (1970-1971); Kurt Rainer Kiechle (1971-1974); Pedro Alves dos Reis (1974- 1996) Luiz Carlos Machado Mousquer (1996-2016).

 

Atual diretoria 

 

A atual diretoria, composta por 24 dirigentes, assumiu o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Santo Ângelo, no ano de 2016, com um mandato de quadriênio.  

 

Quem o Sindicato representa e qual a sua abrangência?

 

O sindicato representa todos os trabalhadores que trabalham nas indústrias de alimentação que estão situados na nossa região das missões. Atualmente o Sindicato abrange as cidades de Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, Guarani das Missões, Cerro Largo, Caibaté, Mato Queimado, Dezesseis de Novembro, Entre Ijuís, Eugênio de Castro, Salvador das Missões, São Miguel das Missões, São Pedro do Butiá, Sete de Setembro, Ubiretama e Vitória das Missões.

 

Quais as principais conquistas?

 

Diante desses 65 anos de história, penso que a maior conquista do SINTRIASA é a união dos trabalhadores. A união dos associados do SINTRIASA é a maior conquista que temos até hoje. Quando se iniciou a onda de criminalização dos sindicatos por parte da mídia e do governo, muitos trabalhadores queriam se desfiliar, mas quando mostrávamos a importância da união nessas horas difíceis e quais seriam as desvantagens para os trabalhadores que optassem por lutar sós, acabavam mudando de ideia. E com certeza com o senário político catastrófico que estamos vivendo, estão vendo com “os próprios olhos” que a situação nacional não está das melhores. Essa união se mostrou mais presente ainda nas últimas assembleias que realizamos entre os dias 16, 17, e 18 de abril 2018 com a presença maciça dos trabalhadores e principalmente no baile de integração ocorrido no dia 05 de maio 2018.

 

Quais são as lutas?

 

A grande luta do movimento sindical, além de se posicionar contra o retrocesso nas leis trabalhistas, e das denominadas reformas que o atual governo está fazendo, (no qual os trabalhadores são os primeiros a serem vitimados) consiste em se posicionar contra o capitalismo selvagem. O grande desafio causador de conflito entre os dirigentes sindicais e o capitalismo está entre o plano real (realidade existente) e o plano ideal (realidade necessária) No plano real, há uma situação onde a média salarial está abaixo do necessário para sobrevivência.

 

E quando o trabalho traz somente meios de sustento, não gera dignidade, torna-se trabalho escravo. O trabalho se torna escravo quando o salário do trabalhador for tão somente igual ao da sobrevivência. O trabalho que não gera independência pessoal frente a necessidade de sobrevivência, não oferece dignidade ao trabalhador. Por isso, que as negociações coletivas não devem partir do princípio do ponto de vista do estômago, mas da dignidade. E esse é o papel fundamental dos Sindicatos. Nos acordos há um banco de cláusulas que tentam humanizar o capitalismo e fazer-se do ideal um plano real.

 

Os desafios para o sindicalismo consistem, no entanto, em corrigir as injustiças sócias. Sindicato existe para corrigir as injustiças sociais. Realizar bailes de integração, torneios, comemorações no dia do trabalhador e das crianças, oferecer assistências sociais, etc. São consequências do ofício do sindicato, mas sua missão consiste em corrigir as injustiças sociais causadas pela relação trabalho/capital. Nossa missão consiste em pugnar por salários dignos.

 

Mensagem do presidente

 

Sindicalismo não é profissão e sim instrumento de luta. Quando uma determinada categoria de trabalhadores se une e elege uma diretoria para representa-los no sindicato, eles não estão elegendo profissionais e sim militantes, lideranças com visão para defender suas causas sociais. A partir do momento em que dirigentes sindicais esquecerem da militância se tornarão profissionais. Por outro lado, direitos não se ganham. Direitos são conquistados com suor e muita labuta. Conquiste seus direitos com UNIÃO e PARTICIPAÇÃO. Conquiste seus direitos participando das manifestações quando são convocados para participar. Todo trabalhador associado é sindicalista por isso, buscamos ser uma categoria forte e valorizada.

 

Sindicato não é partidário, ele é classista. A classe do sindicato profissional são os trabalhadores. Mas a política é constitutiva ao seu ser. Por ser classista deve apoiar partidos que tem o compromisso com a classe trabalhadora e ao mesmo tempo tem-se que ter a capacidade de serem críticos aos mesmos. Neste ano eleitoral possamos apostar em pessoas que tenham compromisso com a classe operária. Parabenizo a todos os trabalhadores da nossa categoria. Aos associados de longas datas e aos recentes chegados, sem vocês o SINTRIASA não existira. A luta não para. Abraços a todos.

 

Alex Durães Barbosa