No dia 23 de Junho de 2020, os trabalhadores da categoria da alimentação reuniram-se em assembleia de eleição, na qual elegeram a nova diretoria para gestão 2020/2024.

       A assembleia foi conduzida pela Comissão Eleitoral, que realizou todos os atos estatutários legais, apresentando aos associados a chapa inscrita, Chapa única “Ninguém solte a mão de ninguém”. Na votação, a chapa foi eleita por maioria absoluta, equivalente a mais de 96% dos presentes.

         Para que ocorresse a assembleia, em tempos de pandemia, seguidas todas as orientações da vigilância sanitária, foi obrigatório o uso  da máscara, do álcool em gel, termômetro digital corporal e a observância do espaçamento.  Representantes da Vigilância Sanitária do Município estiveram presentes para garantir que as regras sanitárias fossem observadas.

         O número de presentes foi considerado expressivo especialmente pela questão desse período de pandemia, foram mais de 150 pessoas presentes, com representantes de todas as principais empresas, inclusive das cidades da região.

         A nova Direção, em sua maioria, é de integrantes da atual direção eleita em 2016. Mesmo sem ter conseguido alcançar resultados expressivos em termos de aumento salarial nos últimos anos, a demonstração de confiança da categoria se deve a atuação firme dessa direção na defesa e manutenção dos direitos dos trabalhadores, bem como na defesa de boas condições de trabalho, visto que a categoria da alimentação está exposta a movimentos repetitivos, ritmo intenso e esforços físicos, fatores que por muitas vezes são os responsáveis pelo surgimento de doenças do trabalho.

         O último período da história do Brasil foi marcado por constantes alterações, passando por impeachment de presidente e, a partir daí com a retomada do poder exclusivamente pelas velhas raposas da política, pelos representantes dos grandes grupos econômicos, associados a uma grande rede de propagação de notícias falsas ou distorcidas.

          O ataque aos direitos à organização sindical e aos direitos dos trabalhadores foi uma constante desde 2016, as novas leis buscaram restringir o direito de acesso a Justiça, reduziram bastante o direito dos trabalhadores, reduziram valores de aposentadoria e dificultaram o direito de se aposentar. Todos esses ataques obrigaram o movimento sindical a adotar postura mais defensiva, onde a manutenção de conquistas históricas se mostrou prioridade, limitando muito a luta por melhores salários.

Infelizmente muitos trabalhadores ajudaram a eleger um grande engodo, que ameaça até acabar com o FGTS, com o direito a férias e 13º, destruindo a CLT, no que era chamado de contrato verde e amarelo.

A união dos trabalhadores e o reforço das entidades sindicais é a única saída para esse período triste da história brasileira. Não podemos retroceder. Não aceitamos menos direitos.

Nesse novo mandato, nesse período que já se inicia conturbado pela pandemia, teremos muitos desafios. Não aceitamos retroceder, queremos melhores salários e melhores condições de trabalho. Queremos que o trabalhador tenha direito a uma aposentadoria digna, e quando se aposentar tenha boas condições de saúde. Queremos democracia inclusive nos locais de trabalho. Não vamos aceitar que o aumento no ritmo da produção seja alcançado através de ameaças e de desrespeito no local de trabalho, traumatizando trabalhadoras e trabalhadores.

Temos muito trabalho pela frente e queremos que o trabalhador possa ter no Sindicato a ferramenta adequada para a solução e encaminhamentos dos problemas que surgem na relação de trabalho, que confie nessa nova direção porque o compromisso assumido é de muita luta e dedicação na defesa dos direitos dos trabalhadores.

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