Prezados companheiros e colegas trabalhadores/as da categoria da Alimentação.
Ao aproximarmos do fim deste ano de 2021 queremos reviver, rememorar e agradecer a Deus pelo dom da vida. Nesses dois anos de pandemia vivemos uma espécie de apagão em nossa mente, no qual, poucas coisas conseguimos recordar. Apesar da realidade pandêmica o Dom da Vida deve estar acima de tudo. Como diz Jesus de Nazaré “eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Nós que trabalhamos no ramo alimentício, produzindo alimentos para a sociedade, diariamente contribuímos para que as pessoas tenham vida e a tenham em abundância. Cuidar, promover e amparar vidas é uma virtude específica da Categoria da Alimentação.
Foi pensando no Dom da Vida, que o SINTRIASA, preparou o brinde de fim de ano para cada associado. A vida está além do estar vivo. O sentido da vida está na interação com as demais pessoas, com a natureza, com o cosmos e com Deus.
Saboreando um belo chimarrão e recordando a canção natalina “Noite Feliz”, que canta; “pobrezinho nasceu em Belém”.... fiquei há pensar... E se Jesus nascesse na região das missões?. São tantas imaginações que surgem, mas, dentre todas imaginações, a que mais teria sentido é que... “Se Jesus nascesse nas missões com certeza os pais de Jesus, Maria e José, teriam nas mãos uma cuia de chimarrão para acolher todos aqueles que viesse visitar o menino que acabava de nascer”. Com certeza os pais de Jesus valorizariam o chimarrão que é uma dádiva do povo gaúcho, missioneiro e de todos rio-grandenses.
Então percebi o quanto o chimarrão é positivo na vida, nas relações pessoais e na preservação da cultura missioneira. Ele tem a capacidade de resguardar a cultura da boa convivência e nos proporciona momentos para apreciarmos: a “obscura claridade da manhã” a cada amanhecer e a “luminosidade da escuridão” a cada crepúsculo. Não importa, se ele é um companheiro na solidão, ou a solidão no companheirismo; se com ele vivemos o “silencio eloquente”, o silêncio barulhento ou o silêncio do barulho. O importante é que ele nos faz ouvir o silêncio do companheiro.
Não importa se ele é da roda da fofoca, ou da roda da seriedade, das organizações, dos compromissos, das tarefas desconcentradas e dos afazeres cotidiano, o importante é que tenhamos sempre um bom chimarrão seja em nossa própria companhia ou na companhia do outro.
Portanto, queremos desejar a você e sua família nesse ano que se finaliza e ao novo que se vem, um bom chimarrão. Que continuemos aquecendo-nos no inverno e refrescando-nos no calor do verão com um bom chimarrão na companhia de nossos amigos e familiares. E que a cada “ronco de cuia” nos traz a reminiscência da dádiva da vida que foi muitas vezes apagada por essa pandemia.
Um abençoado Natal e próspero Ano Novo.