Um dos principais itens na lista de compra dos brasileiros, o leite apresenta aumento de preço expressivo na Capital das Missões. De acordo com pesquisa realizada pelo Grupo Sepé no aplicativo Menor Preço, o qual mostra os valores pagos em produtos e serviços na cidade de Santo Ângelo, o preço do litro do leite tem apresenta valor mínimo de R$4,49 e alcança uma máxima de R$8,00. A variação chega a 90% e até mesmo supera os preços praticados na grande Porto Alegre, onde foram registrados máximas próximas a R$6,00. O levantamento de preços abordou os tipos de leite: integral, semidesnatado, desnatado e zero lactose.   

 

À medida em que o período da pandemia, causada pela covid-19 avançou, a alta do custo das rações e a perda de poder aquisitivo dos brasileiros, atingiram em cheio os produtores de leite e também os fabricantes laticínios. De acordo com Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), o ano de 2021 até o início de 2022 foi um período dramático para os produtores e para a indústria do leite. “Em algum momento esse valor relacionado aos custos que tivemos, iria ser repassado, como de fato está acontecendo agora”. No mês de maio, onde o produtor teve o pagamento do leite em junho, a média no Rio Grande do Sul ficou entre R$2,60 e R$3,00. De acordo com Palharini, o repasse aos produtores no mês de junho, com pagamento em julho, pode variar de R$2,80 a R$3,20. “Isso faz com que o produtor reveja seus planos para investimentos, aumento de produtividade, pois o preço bom nesse caso, aumenta a produção da noite para o dia. A resposta vem de maneira rápida”. 

 

Preços dos derivados 

Os produtos lácteos, também conhecidos como laticínios, são os derivados do leite que fazem parte do cotidiano alimentar da maioria das pessoas e que são produzidos a partir do uso de leite. Esses também já sofrem aumento e podem ser visualizados nas gôndolas dos estabelecimentos comerciais da Capital das Missões. O queijo vendido em peça de 1kg, está com preço médio de R$42,50 e preço máximo registrado em R$47,90. Já o queijo fatiado, apresenta uma média de R$9,50, em pacotes que variam de 150 a 200 gramas. O preço máximo registrado foi de R$12,99.

 

A nata, produto bastante procurado pelos consumidores, tem preço médio de R$7,50, em potes que variam de 200 a 300 gramas e preço máximo que chega a R$13,49. O creme de leite é bastante utilizado em receitas salgadas e doces, e já está com uma média de preço de R$4,00 em embalagens que variam de 200 a 300 gramas. O preço máximo registrado chega a R$8,99. Já o leite condensado, outro produto que apresenta grandes vendas, está com preço médio de R$5,40 e já é registrado em preço máximo de R$7,99. Outros produtos que tiveram seus preços elevados foram a manteiga e o requeijão. Os preços ao consumidor final devem permanecer em alta até a estabilização dos custos entre produtores e indústria. 


 

GRUPO SEPÉ