A cada ida ao mercado, os consumidores são acometidos por um novo susto com os preços. E as notícias ainda não são boas, infelizmente. Após desacelerar em maio, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a acelerar em junho, aumentando 0,67% no mês. O indicador acumula alta medonha de 11,89% nos últimos 12 meses.

 

Se você costuma comprar leite, já deve ter percebido o que os dados apontam. O leite longa vida foi o alimento que mais encareceu em junho. A disparada foi de 10,72% no mês. Na sequência, as maiores elevações foram registradas no feijão carioca, de 9,74%, e no lanche, de 2,21%. Biscoito, queijo e frango em pedaços também estão na lista dos alimentos que mais subiram de preço.

 

Maiores altas

Alimento Alta em junho (em %) Alta acumulada no ano (em %)
Leite longa vida 10,72 41,76
Feijão-carioca 9,74 40,97
Lanche 2,21 5,58
Biscoito 2,12 12,96
Queijo 1,84 10,36
Frango em pedaços 1,71 1,10
Pão francês 1,66 13,56
Refeição 0,95 2,88
     

Fonte: IBGE

 

Agora, vamos às notícias boas (ou menos ruins, porque os valores continuam altíssimos). É hora de inventar receitas com cenoura e açaí. O valor deles desabou 23,36% e 10,22%, respectivamente, em junho. O preço da cebola também caiu 7,06%. Outros alimentos tiveram reduções menores, como hortaliças e verduras, batata-inglesa e tomate.

 

Maiores quedas

Alimento Queda em junho (em %) Alta acumulada no ano (em %)
Cenoura -23,36 45,67
Açaí -10,22 29,81
Cebola -7,06 48,23
Hortaliças e verduras -3,80 30,62
Batata-inglesa -3,47 55,77
Tomate -2,70 10,50
Carnes -0,62 2,76
     

Fonte: IBGE

 

Para lidar com a inflação lá em cima, a primeira dica é saber exatamente quanto você ganha e gasta por mês. Para isso, os especialistas em finanças pessoais aconselham anotar tudo o que entra e sai, dividindo em categorias como alimentação, educação e lazer, além de pesquisar preços, uma dica que pode parecer óbvia, mas é muito necessária para aqueles que costumam comprar por impulso.

 

Outra sugestão é fazer as compras do mês, para quem é assalariado. Nos tempos de hiperinflação, era comum que os consumidores saíssem às compras assim que recebiam seus salários para que o poder de compra não fosse corroído pelo avanços dos preços.

 

Atualmente, o Brasil está longe dessa realidade, mas uma boa estratégia para quem é assalariado é antecipar as compras de itens duráveis e recorrentes, que vão vão ficando mais caros. Contudo, a compra de perecíveis pode ser feita aos poucos, para descobrir promoções novas.


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