Cerca de dez mil trabalhadores em frigoríficos, no Rio Grande do Sul, estão afastados devido a doenças ocupacionais, num Estado que possui 50 mil empregados no setor. A denúncia é do secretário para Assuntos Técnicos, Assessoria e Serviços da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (CNTA Afins), Darci Pires da Rocha.
"Dos dez mil afastados, 20% apresentam quadros de depressão, por conta da pressão nos locais de trabalho", disse durante entrevista à Rádio Web Agência Sindical. Darci, que coordena a Sala de Apoio da CNTA no estado gaúcho, afirma que, além de problemas físicos, é crescente o número de casos de doenças psicológicas.
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Darci Pires da Rocha
Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de acidentes de trabalho no setor de frigoríficos cresceu de 18.226, em 2012, para 19.821, em 2014, (alta de 8,7%).
Combate - O sindicalista citou ainda estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que constatou as péssimas condições de trabalho nos frigoríficos. “A partir daí formamos uma força-tarefa, para combater e reverter essa realidade", conta Darci Pires.
Mais informações: www.cntaafins.org.br